sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Especialista afirma que tráfico de imigrantes só muda na forma

Sandra Henriques



A professora universitária Beatriz Rocha Trindade considera que só os procedimentos dos passadores é que mudaram.
Em declarações à Antena 1, a docente do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta refere que “não há comparações, há as mesmas etapas, mas são diferentes, e esta é uma nova configuração dos passadores”.
Beatriz Rocha Trindade recorda os passadores que levavam portugueses para França nas décadas de 1960 e 1970 por “quantias exageradas para a época”.
“Esta história do passador ser um irresponsável e um criminoso e não ter problemas de abandonar as pessoas não é nova, mas faz-se de uma maneira diferente, porque as tecnologias e os recursos são diferentes”, explica.
Este comentário surge no dia em que uma embarcação com bandeira da Serra Leoa foi abandonada pela tripulação, deixando 450 imigrantes ilegais a bordo.

O barco ficou sem energia por causa de avarias na maquinaria, tendo sido identificado a cerca de 80 milhas da costa de Itália. As autoridades italianas intervieram para resgatar os imigrantes, que se pensa serem sírios e terem embarcado na Turquia.